Pessoal,
Algo curioso e que poderia interessar ufólogos e ufologistas: aqui na área serrana do Vale do Rio Pardo existe há anos pedras e paredões com inscrições muito antigas e muito diferentes do que se localizou no Rio Grande do Sul e mesmo na América. O assunto veio à tona por uma reportagem publicada na Gazeta da Serra (Sobradinho) e Gazeta do Sul (Santa Cruz do Sul).
Uma das pedras está em exposição na Usina Hidrelétrica de Itaúba, construída entre os municípios de Estrela Velha e Pinhal Grande, inaugurada em 1978.
Parece que só agora começou um interesse mais intenso por parte de arqueólogos. A pedra foi retirada de um paredão. O Sr. José Cândido Mello, que trabalhou na construção da usina, diz que existem “inscrições ‘estranhas’ num percurso de cinco quilômetros na margem esquerda do Rio Jacuí”. A pedra seria uma pequena amostra. No passado, elevava-se em longos paredões, mas hoje, devido a barragem da hidrelétrica, está uns 50 metros debaixo d’água, calcula o Sr. José Cândido.
Para o meio ufológico, acho que seria muito interessante levantar hipóteses extraterrestres (sobre a origem), tanto pelos sinais enigmáticos, quanto a técnica em alto-relevo usada na “gravação” dos sinais.
Abaixo, segue a reportagem que saiu na Gazeta do Sul (22 e 23/01/10).
Abraços!
Iuri Azeredo -NEUS
Edição de 22/01/2011 - Estrela Velha
Pedra intriga arqueólogos gaúchos
Há mais de 40 anos, uma pedra com aproximadamente 30 quilos e 35 centímetros de largura está exposta no segundo piso da casa de máquinas da Usina Hidrelétrica de Itaúba, localizada entre os municípios de Pinhal Grande e Estrela Velha. Até então, ela pouco chamou atenção dos visitantes, mais interessados em conhecerem a estrutura construída para a geração de energia. Aos olhos de leigos, as inscrições constantes no bloco arenítico são, no máximo, curiosas. Para pesquisadores da área, no entanto, pode se tratar de um achado arqueológico importante para todo o Estado.
As inscrições existentes na chamada Pedra da CEEE, em uma análise inicial, podem ter mais de 5 mil anos. Possivelmente se trata de um exemplo de arte rupestre que difere, contudo, dos demais encontrados no Rio Grande do Sul, por ser em alto-relevo e apresentar uma simetria que chama a atenção.
De acordo com o assistente da Divisão do Sistema Jacuí, Ademar Santos da Rosa, que também foi morador das proximidades do lugar onde a pedra foi encontrada por operários, esse material foi colocado em exposição unicamente por fazer parte da história da construção da barragem. “Sempre achamos esse bloco curioso, mas não havíamos nos dado conta do legado histórico deixado por ele”, afirma. Intrigado, Ademar garante que solicitará cuidados redobrados no manuseio da pedra. “Devemos levar em consideração que ela pode ser uma chave para nosso passado. Como filho da terra, isso muito me orgulha”, justifica.
DÚVIDAS
Para a professora da Universidade da Região da Campanha (Urcamp – campus Alegrete), Taís Vargas Lima, doutora em Arte Rupestre, uma série de dúvidas recai sobre essa pedra. “Assim que recebi a fotografia desse bloco, entrei em contato com vários especialistas. É unânime, pelo menos por enquanto, que temos em mãos um dado importante sobre o passado. Porém, não conseguimos definir sua procedência. Precisamos realizar análises e, sobretudo, aplicar a técnica científica para chegarmos às respostas que buscamos”, frisa.
Conforme Taís, a maioria das inscrições rupestres são em baixo-relevo e não em alto, como se pode observar na pedra. “Ela tem formas que instigam pela simetria”, reforça. São conjuntos duplos em relevo uniforme em pedra arenítica que poderiam, talvez, representar uma contagem de tempo rudimentar. Também poderiam ser um emblema religioso itinerante entre as sociedades, entre várias outras formas de interpretação. “O fato é que as pessoas que fizeram não deixaram informações a respeito em nosso tempo. Por isso, há que se ter muito cuidado com qualquer conclusão precipitada. Mas fica o registro do fato nobre desse achado”, explica. A pesquisa se encontra, apenas, na fase inicial. No entanto, é possível afirmar que é muito pouco provável se tratar de algo natural.
Arte representa um legado simbólico
No Rio Grande do Sul, com a intensa urbanização e milhares de obras de todo o tipo, ainda há muito pouco cuidado com objetos pré-históricos. A depredação e desvalorização das estruturas arqueológicas, tanto móveis quanto assentos humanos do passado ou até enterramentos, preocupam pesquisadores. Os achados arqueológicos quase sempre são descobertos em lavouras ou até mesmo nos barrancos de estradas.
“Quem os encontra define como coisas estranhas e diferentes. Essa condição de ‘estranheza’ não se dá somente com a arqueologia, mas com a paleontologia, outra área científica que estuda animais e vegetais muito mais antigos do que a primeira”, explica a professora. “O achado que veio à tona abre o diálogo sobre a sobrevivência dos remanescentes das gravuras rupestres pré-históricas. Esse tipo de arte se configura como o mais precioso legado simbólico a nós deixado, intencionalmente e conscientemente”, avalia Taís Vargas Lima.As pesquisas sobre as representações rupestres em solo gaúcho remontam à década de 60, com pesquisas pioneiras feitas por Pedro Augusto Mentz Ribeiro, Pedro Ignácio Schmitz e José Proenza Brochado. Até o momento foram encontrados 36 sítios no Estado, sendo seis destes escavados sistematicamente.
Entre os pesquisadores, já houve divergências quanto à documentação da arte rupestre e definição de estilos das gravuras. Nos sítios do Rio Grande do Sul são encontradas gravuras em baixo-relevo, representadas pelas técnicas de raspagem, picoteamento ou polimento.
O professor francês Denis Vialou, ao comentar sobre a análise comparativa dos dispositivos parietais (painéis rupestres), reconhece a função da identidade primordial das imagens da pré-história. De uma época para outra, de uma região a outra e de um sítio a outro, transparece um efeito de originalidade radical de construções simbólicas estabelecidas a partir das escolhas temáticas, de suas combinações e suas localizações no seio dos dispositivos.
A presença ou a ausência de um tema, sua raridade ou sua abundância são suficientes para distinguir um sítio de outro, mesmo que sejam culturalmente muito próximos.
Pequena amostra
O aposentado José Cândido de Mello, de 65 anos, participou ativamente da construção da Usina de Itaúba. Por ter presenciado a retirada do bloco de pedras, garante que existiam inscrições “estranhas” num percurso de aproximadamente cinco quilômetros na margem esquerda do Rio Jacuí. “Nas proximidades da antiga barca, que era a única travessia entre os municípios, existia um paredão com mais de cinco metros de largura por dois de altura com inscrições semelhantes”, lembra. Como não tinham nenhuma noção do que poderia se tratar, retiraram apenas uma rocha. “Essa pedra é uma pequena amostra do que havia lá”, explica. Havia, ainda, cerca de quatro metros desmoronados. “Essas pedras ficavam a uns seis metros acima do nível do Rio Jacuí. Com as cheias e a inundação do reservatório, os maiores blocos estão submersos a cerca de 50 metros”, estima.
Autor: Emanuelle Dal-Ri
FONTE: Gazeta do Sul, 22 e 23 de janeiro de 2011.
Algo curioso e que poderia interessar ufólogos e ufologistas: aqui na área serrana do Vale do Rio Pardo existe há anos pedras e paredões com inscrições muito antigas e muito diferentes do que se localizou no Rio Grande do Sul e mesmo na América. O assunto veio à tona por uma reportagem publicada na Gazeta da Serra (Sobradinho) e Gazeta do Sul (Santa Cruz do Sul).
Uma das pedras está em exposição na Usina Hidrelétrica de Itaúba, construída entre os municípios de Estrela Velha e Pinhal Grande, inaugurada em 1978.
Parece que só agora começou um interesse mais intenso por parte de arqueólogos. A pedra foi retirada de um paredão. O Sr. José Cândido Mello, que trabalhou na construção da usina, diz que existem “inscrições ‘estranhas’ num percurso de cinco quilômetros na margem esquerda do Rio Jacuí”. A pedra seria uma pequena amostra. No passado, elevava-se em longos paredões, mas hoje, devido a barragem da hidrelétrica, está uns 50 metros debaixo d’água, calcula o Sr. José Cândido.
Para o meio ufológico, acho que seria muito interessante levantar hipóteses extraterrestres (sobre a origem), tanto pelos sinais enigmáticos, quanto a técnica em alto-relevo usada na “gravação” dos sinais.
Abaixo, segue a reportagem que saiu na Gazeta do Sul (22 e 23/01/10).
Abraços!
Iuri Azeredo -NEUS
Edição de 22/01/2011 - Estrela Velha
Pedra intriga arqueólogos gaúchos
Há mais de 40 anos, uma pedra com aproximadamente 30 quilos e 35 centímetros de largura está exposta no segundo piso da casa de máquinas da Usina Hidrelétrica de Itaúba, localizada entre os municípios de Pinhal Grande e Estrela Velha. Até então, ela pouco chamou atenção dos visitantes, mais interessados em conhecerem a estrutura construída para a geração de energia. Aos olhos de leigos, as inscrições constantes no bloco arenítico são, no máximo, curiosas. Para pesquisadores da área, no entanto, pode se tratar de um achado arqueológico importante para todo o Estado.
As inscrições existentes na chamada Pedra da CEEE, em uma análise inicial, podem ter mais de 5 mil anos. Possivelmente se trata de um exemplo de arte rupestre que difere, contudo, dos demais encontrados no Rio Grande do Sul, por ser em alto-relevo e apresentar uma simetria que chama a atenção.
De acordo com o assistente da Divisão do Sistema Jacuí, Ademar Santos da Rosa, que também foi morador das proximidades do lugar onde a pedra foi encontrada por operários, esse material foi colocado em exposição unicamente por fazer parte da história da construção da barragem. “Sempre achamos esse bloco curioso, mas não havíamos nos dado conta do legado histórico deixado por ele”, afirma. Intrigado, Ademar garante que solicitará cuidados redobrados no manuseio da pedra. “Devemos levar em consideração que ela pode ser uma chave para nosso passado. Como filho da terra, isso muito me orgulha”, justifica.
DÚVIDAS
Para a professora da Universidade da Região da Campanha (Urcamp – campus Alegrete), Taís Vargas Lima, doutora em Arte Rupestre, uma série de dúvidas recai sobre essa pedra. “Assim que recebi a fotografia desse bloco, entrei em contato com vários especialistas. É unânime, pelo menos por enquanto, que temos em mãos um dado importante sobre o passado. Porém, não conseguimos definir sua procedência. Precisamos realizar análises e, sobretudo, aplicar a técnica científica para chegarmos às respostas que buscamos”, frisa.
Conforme Taís, a maioria das inscrições rupestres são em baixo-relevo e não em alto, como se pode observar na pedra. “Ela tem formas que instigam pela simetria”, reforça. São conjuntos duplos em relevo uniforme em pedra arenítica que poderiam, talvez, representar uma contagem de tempo rudimentar. Também poderiam ser um emblema religioso itinerante entre as sociedades, entre várias outras formas de interpretação. “O fato é que as pessoas que fizeram não deixaram informações a respeito em nosso tempo. Por isso, há que se ter muito cuidado com qualquer conclusão precipitada. Mas fica o registro do fato nobre desse achado”, explica. A pesquisa se encontra, apenas, na fase inicial. No entanto, é possível afirmar que é muito pouco provável se tratar de algo natural.
Arte representa um legado simbólico
No Rio Grande do Sul, com a intensa urbanização e milhares de obras de todo o tipo, ainda há muito pouco cuidado com objetos pré-históricos. A depredação e desvalorização das estruturas arqueológicas, tanto móveis quanto assentos humanos do passado ou até enterramentos, preocupam pesquisadores. Os achados arqueológicos quase sempre são descobertos em lavouras ou até mesmo nos barrancos de estradas.
“Quem os encontra define como coisas estranhas e diferentes. Essa condição de ‘estranheza’ não se dá somente com a arqueologia, mas com a paleontologia, outra área científica que estuda animais e vegetais muito mais antigos do que a primeira”, explica a professora. “O achado que veio à tona abre o diálogo sobre a sobrevivência dos remanescentes das gravuras rupestres pré-históricas. Esse tipo de arte se configura como o mais precioso legado simbólico a nós deixado, intencionalmente e conscientemente”, avalia Taís Vargas Lima.As pesquisas sobre as representações rupestres em solo gaúcho remontam à década de 60, com pesquisas pioneiras feitas por Pedro Augusto Mentz Ribeiro, Pedro Ignácio Schmitz e José Proenza Brochado. Até o momento foram encontrados 36 sítios no Estado, sendo seis destes escavados sistematicamente.
Entre os pesquisadores, já houve divergências quanto à documentação da arte rupestre e definição de estilos das gravuras. Nos sítios do Rio Grande do Sul são encontradas gravuras em baixo-relevo, representadas pelas técnicas de raspagem, picoteamento ou polimento.
O professor francês Denis Vialou, ao comentar sobre a análise comparativa dos dispositivos parietais (painéis rupestres), reconhece a função da identidade primordial das imagens da pré-história. De uma época para outra, de uma região a outra e de um sítio a outro, transparece um efeito de originalidade radical de construções simbólicas estabelecidas a partir das escolhas temáticas, de suas combinações e suas localizações no seio dos dispositivos.
A presença ou a ausência de um tema, sua raridade ou sua abundância são suficientes para distinguir um sítio de outro, mesmo que sejam culturalmente muito próximos.
Pequena amostra
O aposentado José Cândido de Mello, de 65 anos, participou ativamente da construção da Usina de Itaúba. Por ter presenciado a retirada do bloco de pedras, garante que existiam inscrições “estranhas” num percurso de aproximadamente cinco quilômetros na margem esquerda do Rio Jacuí. “Nas proximidades da antiga barca, que era a única travessia entre os municípios, existia um paredão com mais de cinco metros de largura por dois de altura com inscrições semelhantes”, lembra. Como não tinham nenhuma noção do que poderia se tratar, retiraram apenas uma rocha. “Essa pedra é uma pequena amostra do que havia lá”, explica. Havia, ainda, cerca de quatro metros desmoronados. “Essas pedras ficavam a uns seis metros acima do nível do Rio Jacuí. Com as cheias e a inundação do reservatório, os maiores blocos estão submersos a cerca de 50 metros”, estima.
Autor: Emanuelle Dal-Ri
FONTE: Gazeta do Sul, 22 e 23 de janeiro de 2011.
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