Capa do Jornal de Xanxerê, enviada a lista da Revista UFO, por Ivo Dohl.
Aguardemos melhores informações sobre o caso diretamente de um dos maiores pesqusadores que lá se encontra neste momento. Ademar Geaverd está colhendo informações, entrevistas e materiais sobre o assunto. De antemão já confirmou: " se trata de um autêntico agroglifo, semelhante aos Crop Circles Ingleses. "
1. Total inexistência de vestígios de fraude. Zero de marcas de pegadas, de sinais humanos ou de pneus de carros, conforme constataram os primeiros a verem os fenômenos, logo na manhã e tarde de domingo, dia 09. Os círculos foram formados presumidamente entre 22h00 de sábado, dia 08, e 02h00 da madrugada deste domingo. Não se pode precisar com exatidão. De lá para dia 11, quando estive no local, apenas 2,5 dias do ocorrido, muita chuva caiu sobre as figuras, que permaneceram intactas a elas. Mas muita gente visitou o local, resultando em depredação média, no primeiro círculo, e leve, no segundo. Isso não impediu as análises.
2. Os círculos são idênticos, o que também afasta a hipótese da ação humana. O primeiro, mais próximo da cidade, a uns 2 km do centro, foi feito em cultura de triticale, uma variedade mais rústica de trigo. O segundo, cerca de 5 km do primeiro, em trigo. Ambos têm um diâmetro de 19.6 a 19.8 m (raio de 9.8 a 9.9 m), centro visível e são circundados por um anél de plantas não tocadas, de 1.5 a 1.6 m de espessura, e ainda por outro anél de plantas igualmente amassadas, de 2.1 a 2.2 m de espessura. Depois vem a plantação normal.
Arquivo pessoal A.J. Gevaerd
3. Todas as plantas foram amassadas em sentido horário, tanto dentro do círculo central quanto do anél externo. E elas estão inclinadas individualmente alguns graus à direita, para formarem um conjunto espiralado praticamente perfeito. Um detalhe importante: as plantas dobradas estão separadas das não dobradas de maneira "cirúrgica", ou seja, na área de contato entre elas, não existem plantas "meio" dobradas ou com sinais de terem sido tocadas. Isso é padrão nos casos já confirmados de círculos, em todo o mundo.
4. As plantas foram dobradas uma única vez, a cerca de 2 a 3 cm do solo, e em toda a extensão dos caules, que podem chegar a 80 cm no caso do triticale (mais encorpado) e 60 cm no caso do trigo, não há vestígios de outras dobras ou quebraduras. Ou seja, alguma "força" dobrou todas as plantas num único ponto e não as tocou mais. Se pudessem ser "desdobradas" no ponto indicado, permaneceriam em pé, porque não sofreram outros danos. Notei que as dobras, no entanto, parecem irreversíveis, como se as plantas foram mesmo quebradas.
5. No caso do círculo no triticale, o terreno tem um declínio leve, de uns 4 a 5 graus no sentido oeste - leste. E no trigo, um pouco mais acentuado, de uns 6 a 7 graus, no mesmo sentido. Apesar disso, visualmente, nota-se que a pressão, ou qualquer que tenha sido a "força" exercida para amassar as plantas, foi de igual intensidade, tanto na extremidade mais alta dos agroglífos quanto na mais baixas. Não há variações de qualquer espécie. Ambos os círculos estavam no alto de pequenaas colinas.
6. Os círculos estão, o primeiro, a menos de um km de um pequeno cemitério, e, o segundo, a cerca de dois km de outro, menor. Isso é apenas coincidência, acredito, visto que existem muitos cemitérios pequenos nas áreas rurais da região. E os desenhos estão bem próximos, a cerca de 50 ou 70 m, das estradinhas vicinais, e não afastados no campo aberto. Ou seja, quem ou o que os produziu queria que fossem vistos e visitados (veja mais numa razão para isso abaixo).
7. Interessantemente, o segundo sinal, no trigo, a uns 7 km do centro de Ipuaçu, foi produzido no limite da propriedade, bem na divisa com a próxima, a oeste. Detalhe: na área onde foi produzido este agrglífico ainda havia trigo a ser colhido, e ali o desenho ficaria mais evidente. Se ele fosse feito alguns metros para o oeste, já adentrando na propriedade vizinha, não seria tanto, visto que ali a plantação era de pastagem e já estava colhida. Um agroglífo ali mal seria visto, até mesmo pela diferença da massa das plantas e de sua coloração (o material colhido já está quase morto, seco e escurecido, e o trigo estava dourado, muito vistoso e encorpado).
Arquivo pessoal A.J. Gevaerd
8. Apenas como curiosidade, o cenário daquela região alterna pequenos morros e baixas colinas, algumas áreas com matas preservadas concentradas e muitas lavouras, em geral de trigo, triticale, milho e pastagens. Bem, as tonalidades e o aspecto geral das lavouras, especialmente nesta época de colheita, de cor dourado claro para intenso, apresentando-se alternadas irregularmente num raio de 360 graus, me lembrou muito o cenário ingles onde os círculos se concentram, cerca de 100 km a sudoeste de Londres. Os cenários são muito parecidos, nas cores e suas variações, assim como no terreno e na concentração de mata nativa. Exceto pelo fato de que, na Inglaterra, os morros e colinas são mais baixos, aparentemente.
9. Infelizmente, as plantas ao redor dos círculos foram colhidas antes que eu pudesse chegar ao local, tendo os proprietários e operadores das colheitadores decidido preservar as figuras. No primeiro caso, o triticale foi colhido na segunda-feira cedo, dia 10. No segundo, também cedo, no dia seguinte. Mesmo assim, colhi relatórios subjetivos de muitas pessoas, apenas a título de curiosidade, que alegavam "sentir coisas" nas proximidades ou dentro dos círculos. O repórter Ivo Luis Dohl, respeitado e reputado na região, me deu um relato bem significativo. Não afeito a exageros, disse ter sentido "algo muito forte e intenso" ao chegar ao primeiro círculo, na segunda-feira, que se repetiu ao visitar o segundo.
10. UFOs e luzes pequenas (sondas) foram vistos por grande número de pessoas sobre aquele local e áreas próximas, desde a noite de quarta-feira, dia 05, até na segunda-feira após o surgimento dos círculos, dia 10. "Pareciam que eles estavam procurando algo lá", de declarou uma testemunha. São muitos os moradores da pequena Ipuaçu que tiveram avistamentos. Alguns a menos de um km do local onde surgiram as imagens, outros já na cidade. Um caso notório envolveu uma família de 4 pessoas, que voltava para sua fazenda, cerca de 3 km do segundo círculo, às 02h00 de domingo. Todos viram uma pequena mas intensa luz vermelha vir da direção da imagem, no alto da colina, e passar sobre a estrada, em sentido leste.
Observação: colhi material em abundância para análises. Não foram feitas medições de eletricidade, magnetismo, radiação e de nenhuma outra espécie, por falta dos instrumentos apropriados.
Depois escervo mais. Tenho mais de duas dúzias de depoimentos pra transcrever, incluindo o de engenheiros agrônomos, e mais de 500 fotos para selecionar.
Quero agradecer aos profissionais do jornalismo do Oeste Catarinense, em especial o repórter Ivo Luis Dohl, pela prontidão e exatidão em coletar informações e fazer fotos, por tratar o assunto com a seriedade que ele exige e por dar à Revista UFO a oportunidade de levantar este caso. Identicamente, agradeço ao apoio da Rede Princesa de Comunicações, que não mediu esforços para que o caso se tornasse público.
Arquivo pessoal A.J. Gevaerd