Por Iuri Azeredo
Um novo telescópio está para ser construído no famoso Deserto do Atacama, no Chile, financiado por um consórcio de países, onde está o Brasil.
Como diz na introdução da notícia, publicada no site da revista Ciência Hoje:
“O maior e mais potente telescópio do mundo será construído a 3 mil metros de atitude. Com o equipamento, pesquisadores esperam obter imagens diretas de exoplanetas e observar o surgimento e a expansão do universo”.
Já há centenas ou talvez milhares de telescópios escrutinando os céus a partir da Terra. Há também os que estão em estações espaciais e satélites orbitando o nosso planeta, além das sondas viajando pelos confins do sistema solar e indo além. Há, ainda, os radiotelescópios, como os da organização do Projeto SETI.
Isso foi dito várias vezes, mas é bom realçar: embora todos esses “olhos” de alta potência e grande varredura percorrendo o espaço cósmico, não se localizou sequer um indício (caso de uma nave espacial) de vida inteligente compatível ou similar aos humanos ou outros seres biológicos terráqueos. Não é impressionante? Aos ufólogos tem restado apostar na espiritualidade e até no espiritismo, porque, concretamente, palpavelmente, fisicamente (ou quimicamente) não há nada além de hipóteses interessantes e fantasias, algumas delas incorporadas ao folclore da humanidade como contos recorrentes para assustar e divertir.
Quem sabe o telescópio no Atacama revele, enfim, alguma coisa que evidencie a existência de fato de extraterrestres? Mas talvez o físico Marcelo Glaiser (em “O Universo Imperfeito”) tenha razão: por tudo que as pesquisas e estudos contemporâneos indicam sobre as possibilidades de vida extraterrestre, devemos, paradoxalmente, em meio a tal vastidão do Cosmos, considerar com seriedade a tese de que, sim, os humanos podem ser os únicos seres dotados de uma autoconsciência a habitarem o Cosmos ou, ao menos, uma vasta parte dele – tão vasta que jamais, enquanto humanidade perene, dependendo dos seus finitos planeta e sistema solar para sobreviver, teremos a chance de nos defrontarmos e comunicarmo-nos com ETs...
E assim, Huberto Gesinger, vocalista, compositor e músico da banda gaúcha Engenheiros do Hawai, também estava certo, quando disse, na estrofe da canção Infinita Highway:
“Estamos sós e nenhum de nós
Sabe onde vai parar”
Filosofando, ele conclui, na mesma estrofe:
“Estamos vivos, sem motivos
Que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entrelinhas do horizonte dessa highway
Silenciosa highway”
Sileciosa e infinita estrada de velocidade estonteante e curvas incontornáveis. Quem sabe para onde estamos indo de verdade?
“Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Nós estamos vivos e é tudo
É sobretudo a lei
Dessa infinita highway”
Abaixo, o link para a matéria sobre o telescópio.
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